Moléstia neurológica induzida por vírus do gênero Lyssavirus que tem forma de bastão.
É um vírus lábil, não persiste no meio: é inativado pelo éter e pela fervura. O vírus é rapidamente inativado pela radiação ultravioleta, também é destruído pela pasteurização, e na saliva ressecada o vírus perde sua virulência em poucas horas, à temperatura ambiente.
Os ácidos, álcalis, formol, cloretos (cloreto de mercúrio) e vários outros desinfetantes são bastante eficazes; os compostos fenólicos e a amônia quaternária são menos eficazes. Nos primeiros socorros de casos de mordeduras, podemos utilizar uma solução com 20% de detergente e 70% de álcool ou iodo.
Os animais sivestres são os reservatórios primários para a raiva, mas os domésticos são a principal fonte de transmisão aos seres humanos.
O vírus precisa entrar em contato com as terminações nevosas, penetrando nas fibras nervosas atnes que ocorra a infecção que condiz ao desenvolvimento da raiva.
A transmissão se faz através de: * saliva infectada
* fibras nervosas lesionadas devido à mordida
* contaminação de ferida recente com saliva
* mucosa conjuntiva/olfatória
O período de incubação é de 3 a 8 semanas e depende da localização da mordida e da quantidade de vírus presente na exposição.
O vírus migra centriptamente nas fibras nervosas, levando a um comportamento anormal e à paralisia.
Depois migra centrifugamento até as glândulas salivares.
Sintomas clínicos:
A) Pró Drômico: há mudança de comportamento. Em animais de estimação observamos apreensão, pouco alerta às alterações ambientais, escondem-se por medo. Dilatação das pupilas, salivação, o animal "morde o ar" , e late com sangue agudo. Modificação da andadura (rígida) e contração
Dura de 1 a 3 dias.
B) Excitação: proeminente hiperatividade aos estímulos externos. Alguns podem não apresentar esta fase.
Dificuldade de deglutição, sialorréia (baba).
Síndrome de ataque: agressão violenta, boca espumando. Dura de 1 a 4 dias e há progressão para um quadro convulsivo terminal ou paralisia se o animal viver por um período mais prolongado)
(imagem cachorrosblog)
C) Paralítico:
Se a fase excitativa não é observada, ou é muito curta, então a
denominamos como Raiva Silenciosa ou Paralítica.
O animal não se encontra
irritadiço, raramente morde. Há paralisia ascendente dos
membros. Somente 25% dos casos de
Raiva em felinos correspondem a este tipo, comparado aos 75% de casos
observados em cães.
Esta fase dura de 1 a 2 diasD) Morte: ocorre 2 a 7 dias após o início dos sintomas.
A sobrevivência ou recuperação da raiva foi documentada em cães e gatos, bem como em casos raros de pacientes humanos. Em cães há implicações quanto à possível exposição ao vírus da raiva de cães/gatos que parecem ter se recuperado de moléstias de neurônios motores inferiores, que se assemelham a uma porirradiculoneurite.
Diagnóstico: a raiva deve ser uma suspeita com base nos sintomas clínicos
(post mortem: Anticorpos fluorescentes [cérebro] )
Procedimento completo no caso de suspeita:
- Isolar o animal suspeito.
- Se alguma pessoa foi mordida ou tiver contato estreito com o animal suspeito, deverá lavar imediatamente o ferimento com água e sabão, e procurar auxilio médico.
- Consultar o veterinário do Centro de Zoonoses. Amostras de tecidos (de preferência da cabeça toda, ou a região do hipocampo cerebral e cerebelo), removidos do animal morto, deverão ser enviadas para laboratórios governamentais de diagnóstico.
- O veterinário, recebendo o laudo do diagnóstico, deverá notificar as autoridades sanitárias locais. Deverá também comunicar ao proprietário do animal, e deverá colocar os animais expostos ou suspeitos em quarentena.
Tratamento: não é recomendado aos animais devido ao risco de exposição humana. É preciso observar o cão/gato por alguns dias e se ele apresentar os sintomas, o caso é de isolamento completo e eutanásia. Se o animal fugiu, todos os procedimentos médico-hospitalares devem ser tomados.
Prevenção:
A profilaxia é vacinar os animais de
estimação a partir de 3 meses de idade e depois anualmente; capturar cães de
rua; controlar os transmissores (morcegos), evitando, porém, contato direto com
o mesmo.
Caso seja detectada a presença de morcegos em alguma região deve-se
procurar iluminar áreas externas nas residências, colocar telas nos vãos,
janelas e buracos e fechar ou vedar porões, pisos falsos e cômodos pouco
utilizados que permitam o alojamento de colônias. Fique atento aos locais mais
freqüentes onde os morcegos se alojam: Sótãos, forros, porões, pisos falsos,
garagens, vãos de dilatação de prédios, casas de maquinas (elevadores), caixas
de persianas, estábulos, copas das árvores, troncos ocos de árvores, cavernas e
edifícios abandonados.
Quando se deparar com um desses animais,
procure não provocá-lo, nem tente capturá-lo. Afaste as pessoas e animais do
ambiente onde o morcego se instalou e isole o local, se possível. Evite sempre o
contato direto com qualquer tipo de morcego vivo ou morto. Caso tenha problemas
procure o Centro de Zoonoses de sua cidade ou uma orientação Médico Veterinário.
(saudeanimal)
Casos importantes sobre a RAIVA no Brasil
Cura de paciente pela peimeira vez no Brasil : http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL986719-5603,00.html
Campo Grande registra caso de raiva canina depois de 23 anos http://bocadopovonews.com.br/site/canal/destaques/16388.html
0 comentários:
Postar um comentário