É
associado às neolpasias malignas linfóides em gatos.
O
reservatório natural é o gato assintomático persistentemente virêmico.
Pode
ocorrer transmissão transplacentária em fêmeas virêmicas. Os filhotes que
escapam à transmissão via útero podem adquirir infecções transmamárias ou
através da saliva.
O vírus
da Leucemia Felina é inativado por dessecação em poucas horas, é viável por diversos
dias na umidade. Morre com desinfetantes comuns.
Seis
passos da infecção pelo FeLV:
1. O vírus entra no organismo do
gato, geralmente pela faringe onde infecta linfócitos B e macrófagos que serão
filtrados pelos linfonodos e começam a se replicar.
2. O vírus atinge a corrente
sanguínea e se distribui pelo corpo.
3. Infecção do sistema linfático.
4. Atuação do vírus sobre o sistema
imune.
5. Infecção da medula óssea. Nesta
fase o vírus se replica e infecta linfócitos, neutrófilos e eosinófilos
formados na medula.
Há 4 formas clínicas da doença:
a) Neutralização Viral: o gato apresenta uma resposta
imune, deixando o animal resistente a futuras infecções por um período de
tempo. Ocorre em 30% dos casos. PCR e ELISA são positivos no início, depois
tornam-se negativos.
b) Viremia: o vírus progride no organismo através das 6 fases da doença. Os testes tornam-se positivos na seguinte ordem: PCR, ELISA (sangue), ELISA (saliva). Ocorre em 40% dos casos.
c) Latência: o animal não produz imunidade, mas também não se torna virêmico. O vírus se esconde no genoma do gato e nenhuma replicação ocorre. Este é um estágio que dura por volta de 30 meses, quando então progride para neutralização ou viremia. Ocorre em 30% dos casos. Teste PCR é positivo e os outros são negativos.
d) Portador São: o vírus fica no tecido epitelial e se replica, mas não deixa as células devido è produção de anticorpos. O teste PCR e ELISA (sangue) são positivos enquanto o ELISA (saliva) é negativo.
b) Viremia: o vírus progride no organismo através das 6 fases da doença. Os testes tornam-se positivos na seguinte ordem: PCR, ELISA (sangue), ELISA (saliva). Ocorre em 40% dos casos.
c) Latência: o animal não produz imunidade, mas também não se torna virêmico. O vírus se esconde no genoma do gato e nenhuma replicação ocorre. Este é um estágio que dura por volta de 30 meses, quando então progride para neutralização ou viremia. Ocorre em 30% dos casos. Teste PCR é positivo e os outros são negativos.
d) Portador São: o vírus fica no tecido epitelial e se replica, mas não deixa as células devido è produção de anticorpos. O teste PCR e ELISA (sangue) são positivos enquanto o ELISA (saliva) é negativo.
Sintomas Clínicos:
-
abcessos persistentes e recorrentes;
-
gengivas pálidas;
-
pelo mal-tratado, aparentemente sujo e escamado;
-
infecções crónicas da boca;
-
infecções urinárias;
-
doença respiratória crónica;
-
diarreia;
-
perda de peso;falta de apetite;
-
anemia;
-
depressão;
-
coriza;
-
gastroenterites;
-
febre persistente;
-
infertilidade;
-
abortos;
-
lesões neurológicas;
- tumores
Diagnóstico:
a) Sinais Clínicos: são variáveis. Incluem
dificuldade para respirar, apatia, perda de apetite, febre, gengivite,
estomatite.
b) Exame Clínico: mucosas anêmicas, efusão pleural (cavidade torácica), anormalidades oculares, órgãos (rins, baço, fígado) aumentados, massas intra-abdominais.
c) Análise da Bioquímica Sérica (exames realizados no sangue): anemia não-regenerativa, aumento da uréia e creatinina, aumento das enzimas hepáticas e do bilirrubina.
d) Teste para Detecção de antígenos (vírus): serão positivos dependendo da forma clínica da doença e dos órgãos envolvidos.
e) Análise do Líquido Pleural
b) Exame Clínico: mucosas anêmicas, efusão pleural (cavidade torácica), anormalidades oculares, órgãos (rins, baço, fígado) aumentados, massas intra-abdominais.
c) Análise da Bioquímica Sérica (exames realizados no sangue): anemia não-regenerativa, aumento da uréia e creatinina, aumento das enzimas hepáticas e do bilirrubina.
d) Teste para Detecção de antígenos (vírus): serão positivos dependendo da forma clínica da doença e dos órgãos envolvidos.
e) Análise do Líquido Pleural
Observação:
Devido à variedade de sintomas, qualquer enfermidade séria de um gato deve
levar à suspeita da ocorrência da Leucemia. No entanto, um resultado positivo
não significa necessariamente que a doença em curso seja a Leucemia Felina.
Tratamento:
a) Transfusão Sanguínea .
b) Uso de quimioterápicos como vincristina e ciclofosfamida.
c) Interferon via oral em doses baixas: estimula imunidade e melhora a qualidade de vida.
d) Prednisolona: aumenta o apetite e diminui o tamanho de possíveis massas abdominais.
b) Uso de quimioterápicos como vincristina e ciclofosfamida.
c) Interferon via oral em doses baixas: estimula imunidade e melhora a qualidade de vida.
d) Prednisolona: aumenta o apetite e diminui o tamanho de possíveis massas abdominais.
Observação 1) Pode ocorrer remissão dos
sintomas, mas não cura. O vírus permanece no organismo do animal. São possíveis
recidivas e o gato pode contaminar outros animais.
O
prognóstico é variável. O gato pode ficar assintomático por vários anos,
havendo possibilidade no entanto de transmitir a doença. Animais sintomáticos
têm prognóstico reservado. Os que apresentam desordens proliferativas vivem em
média 6 meses, com tratamento agressivo com quimioterápicos.
Observações 2)
Cerca de
25 a 30% dos gatos expostos rejeitam o vírus e a infecção é evitada.
- Mais ou menos 30% desenvolvem uma viremia persistente, uma alta concentração do vírus no sangue, com uma forte probabilidade de desenvolver linfoma ou outra doença ligada a FeLV.
- Quase 40% dos gatos expostos desenvolvem uma infecção transitória e tornam-se hospedeiros latentes da doença. Esses hospedeiros não são fontes de infecção, a não ser se o sistema imunitário estiver debilitado por outra doença ou se eles forem tratados com corticosteróides, que podem suprimir o sistema imunitário e activar o vírus.
Apesar do nome, só um quinto dos gatos infectados desenvolvem linfoma ou leucemia linfóide. A grande maioria das mortes por FeLV está relacionada com infecções secundárias, que incluem outras infecções virais como a peritonite infecciosa felina, infecções por fungos como cryptococcosis, e infecções bacterianas como pneumonia, abcessos ou infecções na boca.
Aliada às infecções oportunistas, gatos infectados por FeLV também estão sujeitos a anemia e desordens da medula óssea, chamadas doenças mieloproliferativas, onde uma ou mais células da medula óssea se prolifera à custa de outras linhagens celulares.
A natureza diversa da doença faz com que seja impossível prever durante quanto um gato com FeLV vai sobreviver. Apesar de a taxa da sobrevivência variar de apenas umas poucas semanas a anos, a média de sobrevivência é 2 anos. Estudos indicam que 83% dos gatos FeLV+ morrem num período de 3 anos e meio após o diagnóstico. Ao mesmo tempo, há evidências de que o gato possa sobreviver muito mais. Felizmente, não há evidência de que a FeLV seja transmitida a outras espécies, incluindo seres humanos.
O exame a FeLV, feito em gatos de 6 ou mais meses (porque antes desta idade os resultados obtidos simplesmente não são fiáveis), tornou-se um procedimento clínico de rotina. Os dois testes mais utilizados são o ELISA e a imunofluorescência. Infelizmente, esses testes nem sempre são precisos. De facto, é comum obter-se dois testes com valores diferentes, denominados "resultados discordantes". Por essa razão, gatos sadios que foram expostos ao vírus do FeLV devem ser testados em intervalos mensais durante até 3 meses, para eliminar as chances de falso positivo e para determinar se a infecção é de natureza transitória ou persistente.
Um resultado negativo a FeLV não significa imunidade ao vírus, nem tão pouco que o gato nunca foi exposto ao vírus. Um resultado negativo também pode indicar que o vírus está no período de incubação, uma etapa antes da qual o vírus pode ser detectado, ou que o gato venceu uma infecção prévia, ou foi infectado com o vírus e desenvolveu a doença mas por alguma razão não possuía o vírus na corrente sanguínea quando da realização do exame.
Apesar de existirem várias vacinas contra o FeLV, há controvérsias, principalmente quanto à sua segurança e eficácia. A melhor forma de evitar que a doença se espalhe é evitar a exposição ao vírus. Mantenha o seu gato dentro de casa, evite brigas com outros gatos e longe de gatos que você sabe que estão contaminados. A prevenção continua a ser a melhor solução, pois não existe ainda tratamento eficaz.
- Mais ou menos 30% desenvolvem uma viremia persistente, uma alta concentração do vírus no sangue, com uma forte probabilidade de desenvolver linfoma ou outra doença ligada a FeLV.
- Quase 40% dos gatos expostos desenvolvem uma infecção transitória e tornam-se hospedeiros latentes da doença. Esses hospedeiros não são fontes de infecção, a não ser se o sistema imunitário estiver debilitado por outra doença ou se eles forem tratados com corticosteróides, que podem suprimir o sistema imunitário e activar o vírus.
Apesar do nome, só um quinto dos gatos infectados desenvolvem linfoma ou leucemia linfóide. A grande maioria das mortes por FeLV está relacionada com infecções secundárias, que incluem outras infecções virais como a peritonite infecciosa felina, infecções por fungos como cryptococcosis, e infecções bacterianas como pneumonia, abcessos ou infecções na boca.
Aliada às infecções oportunistas, gatos infectados por FeLV também estão sujeitos a anemia e desordens da medula óssea, chamadas doenças mieloproliferativas, onde uma ou mais células da medula óssea se prolifera à custa de outras linhagens celulares.
A natureza diversa da doença faz com que seja impossível prever durante quanto um gato com FeLV vai sobreviver. Apesar de a taxa da sobrevivência variar de apenas umas poucas semanas a anos, a média de sobrevivência é 2 anos. Estudos indicam que 83% dos gatos FeLV+ morrem num período de 3 anos e meio após o diagnóstico. Ao mesmo tempo, há evidências de que o gato possa sobreviver muito mais. Felizmente, não há evidência de que a FeLV seja transmitida a outras espécies, incluindo seres humanos.
O exame a FeLV, feito em gatos de 6 ou mais meses (porque antes desta idade os resultados obtidos simplesmente não são fiáveis), tornou-se um procedimento clínico de rotina. Os dois testes mais utilizados são o ELISA e a imunofluorescência. Infelizmente, esses testes nem sempre são precisos. De facto, é comum obter-se dois testes com valores diferentes, denominados "resultados discordantes". Por essa razão, gatos sadios que foram expostos ao vírus do FeLV devem ser testados em intervalos mensais durante até 3 meses, para eliminar as chances de falso positivo e para determinar se a infecção é de natureza transitória ou persistente.
Um resultado negativo a FeLV não significa imunidade ao vírus, nem tão pouco que o gato nunca foi exposto ao vírus. Um resultado negativo também pode indicar que o vírus está no período de incubação, uma etapa antes da qual o vírus pode ser detectado, ou que o gato venceu uma infecção prévia, ou foi infectado com o vírus e desenvolveu a doença mas por alguma razão não possuía o vírus na corrente sanguínea quando da realização do exame.
Apesar de existirem várias vacinas contra o FeLV, há controvérsias, principalmente quanto à sua segurança e eficácia. A melhor forma de evitar que a doença se espalhe é evitar a exposição ao vírus. Mantenha o seu gato dentro de casa, evite brigas com outros gatos e longe de gatos que você sabe que estão contaminados. A prevenção continua a ser a melhor solução, pois não existe ainda tratamento eficaz.
Aumentar a qualidade e tempo de vida de um gato com Felv:
No entanto, há algumas coisas que se pode fazer a fim de diminuir o avanço da doença em gatos infectados e tornar a sua vida mais confortável:
- O gato deve ser mantido dentro de casa, não só para evitar que o vírus se espalhe, mas também para diminuir o stress que o mundo exterior pode causar no gato.
- O número de gatos na casa também deve ser mantido no mínimo, já que uma lotação excessiva é outra causa de stress e pode expor outros animais ao vírus.
- Uma boa nutrição e cuidados para limitar o impacto de outras doenças não relacionadas também são importantes.
- Se o gato deve ou não ser vacinado contra outras doenças, depende de uma avaliação caso a caso pelo veterinário, embora recentemente uma maioria de veterinários a recomende.
- Pode ainda administrar-se Interferon, a fim de estimular as defesas imunitárias, assim como suplementos vitamínicos.
Prevenção: Vacinação!
gruponossosbichos
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