Moléstia Respiratória Viral Felina

Causada por uma gama de vírus: Herpesvirus felino (HVF1) - Rinotraqueíte
                                                     Calicevirus felino - Calicevirose Felina
                                                     Reovirus, Coronavirus


A moléstia, como um todo, tem uma fase aguda e crônica.
Na fase aguda observamos pirexia, anorexia e desidratação.
Na fase crônica, os gatos recuperados são portadores, mas com poucos sinais clínicos.

Porém, cada vírus obtém uma resposta diferente do organismo do gato, e essa resposta se manifesta como sinais clínicos.

A) Rinotraqueíte Viral Felina

* Infecções agudas: na maioria dos casos, permanece como infecção superficial, mas pode ocorrer viremia nos casos graves. Há febre, anorexia, depressão, ataques agudos de espirros.

A conjuntivite e rinite serosas rapidamente se tornam mucóides, causando obstrução nas narinas e aderência palpebral.

tosse e estertor se houver envolvimento traqueal ou bronquial e ceratite ulcerativa.




* Infecção in utero : pode ocorrer infecção generalizada no nascimento ou os sintomas clínicos aparecem dias depois. O gatinho morre 1 a 3 semanas depois por desidratação e desnutrição (algumas vezes há pneumonia e necrose hepática)

Sequelas: predisposição a infecções bacterianas e micoplásmicas. Gatos com rinite crônica e sinusite frontal (por causa dos ataques de espirros). Epífora crônica.

Portador: O estado de portador caracteriza-se por fase latente, pontilhada de episódios de eliminação do vírus inconsistentemente comparados com recrudescimento dos seintomas clínicos (conjuntivite branda, corrimento nasal, espirros).
A multiplicação e eliminação virais são precedidas por episódios fatigantes (glicocorticóides, mudança de ambiente, ....)
Os animais podem permanecer infectados por anos, com anticorpos séricos pela exposição natural ou infecção). Porém, nem todos os portadores são importantes na disseminação da infecção: tudo depende da carga viral que ele expele.

B) Calicivirose Felina

* Infecção Aguda: Sintomas: infecção do trato respiratório superior, pneumonia, moléstia ulverativa, enterite, atrite aguda.
Mais frequente em gatinhos que residem em grupos.

*Infecção Branda: O período de incubação é de 3 a 5 dias.
pirexia, anorexia, mal estar, corrimento oculonasal seroso brando, úlceras superficiais no dorso da língua, palato duro e filtro nasal e menos comumente nos lábios e coxins plantares.



Ocasionalmente pode produzir úlcera necrosada grande e em forma de ferradura, na superfície anterodorsal da língua. Outros sintomas que podem ocorrer: traqueobronquite, diarréia, mialgia, deambulação rígida, hiperestesia.
A forma aguda dura 21 dias. Depois de 30 dias, o animal se torna um portador crônico. Esse portador fica por semanas, meses ou ocasionalmente durante toda a vida (mesmo na presença de Anticorpos séricos).





Diagnóstico diferencial: Rinotraqueíte Viral Felina  - conjuntivite aguda e frequentes espirros com ceratite ulcerativa.
                                       Calicivirose Felina - glossite ulcerativa ou pneumonia aguda
                                       Clamydia psitaci - conjuntivite folicular ou pneumonia aguda.
                                       Cryptococcus neoformans - espirros crônicos e lesões ulcerativas em torno das narinas externas. 

Também fazer o diagnóstico diferencial de: rinite irritante, rinite alégica, afecção dentária grave, fístulas oronasais, corpo estranho nasal, tumores nasais, pólipos nasofaríngeos.

Diagnóstico Laboratorial : hematologia, isolamento viral, testes imunofluorescentes, sorologia, achados patológicos.

Tratamento : limpeza dos corrimentos e saliva, dieta apetitosa e mole, hospitalização em casos graves, ambiente quente (diminuição da multiplicação), fluidoterapia, descongestionantes tópicos (BID 48h), antibioticoterapia, oxigenoterapia e broncodilatadores.



Prevenção:

 A prevenção da Rinotraqueíte e Calicivirose é feita através de vacina aos 2 e 3 meses de idade e renovada a cada ano. Mesmo que seu gato não saia de casa, não deixe de vaciná-lo, principalmente gatos idosos por serem mais sensíveis, ficando doentes com mais facilidade.-> Esquema de vacinação:
Aos 2 meses - Tríplice, Quádrupla e F5 (Quintupla Felina)
Aos 3 meses - Tríplice, Quádrupla e F5 (Quintupla Felina)
Caso o animal tenha mais de 4 meses de idade são feitas 2 doses com intervalo de 21 dias.
É necessária a revacinação anual.
Recomenda-se vacinar apenas gatos sadios.






gruponossosbichos, blablablanarede

O Homem Leão




Um ótimo domingo para todos nós !

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Panleucopenia

 Panleucopenia felina é uma doença viral que acontece aos gatos domésticos e outros membros da família Felidae causada pelo parvovírus - o mais importante vírus gastrointestinal dos gatos.

 Essa doença não é transmissível ao homem e nem a outros animais de estimação.

Devido a sua natureza altamente contagiosa, o vírus da panleucopenia felina encontra-se disperso por todo o ambiente onde encontramos um ser contaminado. O reservatório do vírus são os próprios gatos, sendo que a transmissão é feita mediante as seguintes maneiras:



  • brigas (mordidas);
  • contato direto com os gatos contaminados e/ou doentes;
  • através de alimentos ou água contaminada;
  • Contato com fezes ou urina (que ocorre quando o animal sadio usa uma caixa de areia contaminada por um gato doente);
  • Contato com vômito;
  • Saliva;
  • Ectoparasitas como pulgas e carrapatos



  • * Infecções in útero: o vírus atravessa útero e placenta e ultrapassa a barreira hematoencefálica do feto, causando alterações teratológicas variadas.
    No primeiro terço da gestação causa morte fetal prematura, com abortamento ou reabsorção dos tecidos fetais.
    No segundo terço da gestação causa morte (com mumificação ou abortamento) ou os gatinhos podem nascer com alterações teratológicas: hipoplasia cerebelar, lesão da medula espinhal, hidrocefalia e / ou displasia retiniana.


    * Infecções neonatais precoces: a inoculação oral, infectando primeiro a orofaringe .
    Há viremia ( principalmente cerebelo, timo e linfonodos mesentéricos ) e depois lesão cerebelar,com infecções adquiridas até os 9 dias de idade.

    Sintomas clínicos: são animais bem frágeis, podendo morrer por infecções oportunistas no início de suas vidas ou terem aspecto normal pois os sintomas da lesão cerebelar podem aparecer depois de 2 ou 3 semanas. Há hipermetria, tremores de intenção que desaparecem em repouso, incoordenação, rolamentos e tropeções, e ataxia.



                                                        (gato com ataxia cerebelar)


    * Infecções em gatinhos mais velhos (mais de 2 semanas de idade ).
    A infecção oral com multiplicação no tecido linfóide da orofaringe e quando dá viremia, a multiplicação nas células epteriais do intestino delgado, células tronco da medula óssea, timo e linfonodos.

    Sintomas clínicos:

    A) Infecção Per Aguda: confunde com envenenamento. O gatinho parece deprimido durante algumas horas , logo entra em coma e morre. Nesse curto espaço de tempo pode haver vômitos ocasionais.

    B) Infecção Aguda: Em jovens gatos há súbita depressão e anorexia, febre, vômitos persistentes, diarréia grave e fétida (as fezes podem ter sangue e cilindros de fibrina). A palpação abdominal é dolorosa. O gatinho chega perto do bebedouro, mas não bebe água.
    As alças intestinais estão espessadas e cordiformes ou distendidas por gases e líquidos.



    Há morte em 25% a 90% dos animais. Os que se recuperam (5 dias ou mais), podem apresentar a Síndrome da Má Absorção.
    Os gatinhos gravemente afetados tornam-se progressivamente fracos e hipotérmicos, levando à morte por desidratação, endotoxemia ou CID.

    Outros sintomas menos comuns são: icterícia branda, estomatite ulcerativa ou necrosante, irite com reflexos no humor aquoso, infecçoes secundárias, hemorragias cutâneas, esfacelamento nos locais de injeção, necrose e esfacelamento nas pontas das orelhas.


    Pode ocorrer uma Infecção Sub Aguda, onde há uma vaga enfermidade por 1 a 3 dias. Ocorre anorexia, pirexia e desconforto durante a palpação. Os sintomas gastrintestinais estão ausentes. A recuperação é rápida.

    Ainda há a possibilidade de Infecção Subclínica, que pode ser comum em adultos. Anticorpos anti Vírus da Panleucopenia Felina estão presentes na maioria dos gatos de vida livre.
    Fêmeas asssintomáticas podem parar filhotes infectados assintomaticamente.


    Diagnóstico: laboratorial (hematologia, bioquimica serica, sorologia, Isolamento viral, achados patológicos)


    Tratamento:
    Isolamento do animal (até 6 semanas depois da cura),
    Restrição alimentar e hídrica. Depois, dieta com alimentos moles e facilmente digeríveis)
    Fluidoterapia
    Suplementação vitamínica
    Plasma ou Sangue integral
    Antibioticoterapia parenteral

    O prognóstico, isto é a provável evolução da doença, é de reservado a ruim devido à rápida desidratação e à pouca idade que os doentes apresentam.

    A panleucopenia deve ser considerada em todos os casos de gatos jovens que apresentem vômitos e diarréia aguda, com menos de 12 meses de idade e que não têm vacinação ou a vacinação está incompleta.


    Profilaxia

    A recomendação técnica básica é a preventiva, ou seja, todos os gatos jovens devem ser vacinados contra a panleucopenia aos 2 meses de idade e se a vacina deve ser repetida depois de um mês. Os adultos e principalmente as fêmeas devem ser vacinados anualmente para que o nível de anticorpos seja sempre seguro.









    Coronavirose

    A Coronavirose Canina, também denominada Gastroenterite Contagiosa dos Cães, é causada por um vírus parecido ao da Parvovirose, levando a uma infecção aguda, em animais de todas as idades e raça. Este vírus não infecta apenas os cães, mas também: bovinos, gatos e outros animais. No Brasil, esta doença foi constatada apenas na década de 1980.



    Transmissão:

    A forma aceita de como se processa a contaminação dos animais, tanto para o virus Corona quanto  da Parvovirose, é mais freqüentemente através das fezes de animais enfermos dessa moléstia. Os dejetos de animais enfermos com essa virose devem portanto merecer especial cuidado com a finalidade de impedir-se a continuidade de alastramento da infeção para outros animais suscetíveis. Tais dejetos além de serem removidos para locais onde possam ser esterilizados, devem tambem tais locais serem desinfetados com soluções apropriadas.

    O período de incubação, tal seja, aquele período que vai entre o contágio com o vírus e o aparecimento dos primeiros sintomas está em torno de 1 a 3 dias, ou seja, extremamente curto quando comparado aos de outras doenças virais.

    Como também ocorre com o vírus da Parvovirose, o vírus Corona também infecta preferencialmente o trato intestinal dos animais e muito raramente espalha-se para outros órgãos do mesmo animal. A intensidade desses sintomas é variável e em alguns casos é mesmo inexistente algum sintoma, o que nos leva pensar estar a virose latente no organismo do animal, a espera de uma queda da sua resistência para vir a exteriorizar-se.



    Os sinais clínicos observados nos animais infectados são: diarréia em forma de jatos, vômito, perda de apetite, lacrimejamento, febre e letargia. A diarréia, geralmente, possui coloração alaranjada, no entanto, sem odor fétido.




    O diagnóstico deve ser feito através de exames laboratoriais, pois os sintomas são muito semelhantes aos causados pela Parvovirose, sendo assim, é necessário fazer um diagnóstico diferencial.

    Tratamento:



    Como ocorre com as enterites virais em geral, o tratamento dos animais enfermos resume-se a mero suporte (sintomático), já que não existem medicamentos específicos contra os vírus em geral. Com o fito de ser impedida desidratação do enfermo causada pelos vómitos e diarréia, a medida terapêutica principal resume-se na administração tanto oral quanto parenteral, de soro fisiológico ou glicosado, e nestes associados necessariamente também Vitaminas C e do complexo B, que exercem comprovada eficácia como protetoras que são das células do trato digestivo, além de coibirem o vômito.



    Prevenção: A vacinação é de extrema importância para a prevenção desta doença. Ela é administrada via intramuscular ou subcutânea, sendo que nos animais mais jovens a primeira dose é dada a partir do segundo mês de vida e a segunda dose 3 a 4 semanas após a primeira. Recomenda-se também a aplicação nas fêmeas antes da cobertura, pois desta forma a mãe irá conferir relativa imunidade passiva aos seus filhotes, bem como através da amamentação após o parto. A revacinação é recomendada tanto para os filhotes quanto para os animais mais velhos.


    Com esse post, termino de completar o quadro de doenças caninas que podem ser senão evitadas, ao menos minimizadas devido à vacinação.

    Para os cães atualmente há disponível as vacinas polivalentes (que protegem contra diversas doenças numa só vacina), que são conhecidas como óctupla (V8), déctupla (V10) ou sextupla (V6). E as monovalentes contra Giárdia, Tosse dos canis, Leptospirose, Leishmaniose e Anti-rábica.

    a) Vacina óctupla:
    protege o cão contra 8 doenças: cinomose, parvovirose, 2 tipos de leptospira (L. canicola e L. icterohaemorrhagiae), hepatite infecciosa, coronavírus, parainfluenza e adenovírus tipo 2.
    b) Vacina déctupla: além das 8 doenças da óctupla, possui mais 2 tipos de Leptospiras (L. grippotyphosa e L. pomona).

    c) Vacina sextupla:
    as mesmas doenças da óctupla com exceção das leptospiras.


    Até a próxima!

    Fontes:
    http://www.center.vet.br/coronavirose.html
    http://www.greepet.vet.br/coronavirose.php
    http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=viroses.htm
    http://surfkut.com/veterinario/dicas_filetti_Coronavirose.htm

    http://www.blacklab.com.br/coronavirose.htm

    Traqueobronquite Infecciosa - Tosse dos canis

    A bactéria Bordetella bronchiseptica é a causa primária da traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis).


    Embora a tosse dos canis seja a manifestação clínica mais comum da bordetelose, uma broncopneumonia fatal pode ocorrer como resultado de infecções primárias e secundárias.
    As infecções mistas na tosse dos canis são comuns, possuem efeito sinergístico com a B. bronchiséptica e podem ter como agentes o vírus da Parainfluenza Canina (VPIC), adenovírus caninos dos tipos 1 e 2 (AVC-1 e AVC-2), herpes vírus canino, reovírus caninos dos tipos 1, 2 e 3, micoplasmas e ureaplasmas. Individualmente esses agentes causam uma doença muito suave ou são albergados na vias aéreas de portadores assintomáticos.

     Transmissão: é altamente contagiosa e a transmissão ocorre por aerossóis, ou seja, gotas eliminadas na tosse e espirro de animais contaminados.
     Assim animais sadios em contato com animais doentes podem desenvolver a doença. É daí que surge a denominação tosse dos canis, pois a doença torna-se comum onde cães são confinados juntos como canis , lojas de animais etc.
    Filhotes recém desmamados, animais imuno-deprimidos por motivos diversos (expostos a friagem, produtos químicos, alérgicos a ácaros, anêmicos, mal alimentados, estressados etc) são mais predispostos a desenvolverem a doença.
    A maior ocorrência da doença ocorre no inverno, apesar de haver casos em qualquer época do ano.

    Sinais Clínicos: Os principais sintomas observados são acessos de uma tosse seca, parecendo que o animal está engasgado, às vezes expectorando um tipo de espuma branca. Essa tosse costuma piorar com exercícios físicos, agitação ou mesmo pela própria pressão da coleira.


     
    Em casos mais graves seu cão pode apresentar secreção nos olhos, coriza, falta de apetite e febre. Nos filhotes e nos animais mais debilitados o quadro pode evoluir para situações mais complicadas, como pneumonia, por exemplo.





    Tratamento:

    Se o cão já contraiu a doença o tratamento básico consiste em antibioticoterapia (tratamento à base de antibióticos), xaropes para alívio da tosse, antiinflamatórios e confinamento do animal, evitando que ele fique exposto ao frio, vento, umidade e evitar banhos.

     Normalmente aquela pessoa que tem mais de um cão, quando um deles contrai a gripe canina, todos eles acabam também ficando doentes, cada um deles com a sua gravidade, como se fosse uma gripe humana.
    Portanto, nesta época do ano, convém por precaução evitar lugares com grande concentração de animais, onde a probabilidade de transmissão da doença é muito maior, como parques, jardins, canis, lojas de animais.

    É importante salientar que nem sempre o cão que apresenta o sintoma de tosse seca está com a gripe canina. Muitas vezes este sintoma também ocorre em animais cardiopatas (animal com problemas cardíacos), particularmente nos animais idosos. Por isso, sempre é importante levar o animal em seu veterinário de confiança, para que o diagnóstico seja correto.

    Prevenção:  Vacinação! A vacina deve ser administrada em filhotes e também em adultos para reforço!





    (portal veterinario, rdevet, artigonal)

    Hepatite Infecciosa Canina

    A Hepatite Infecciosa Canina (HIC), conhecida também como doença de Rubarth é uma infecção viral causada pelo adenovírus canino tipo I (CAV-1) que acomete principalmente cães jovens e não vacinados.



    Transmisão: via oronasal. Há multiplicação primária nas tonsilas e linfonodos regionais, e depois multiplicação secundária nas células hepáticas e do retículo endotelial.
    Pode ser isolado nas fezes, urina, secreções orofaríngeas e sangue. Há uma tendencia para se localizar nos túbulos renais: daí a eliminação pela urina até um ano após a aparente recuperação da infecção.

    Sintomas Clínicos:
    O período de incubação dura de 4 a 7 dias.. Há febre, depressão e letargia.
    A temperatura declina em 24 horas e nos Casos Brandos há recuperação dentro de 1 ou 2 dias

    Casos moderados : A temperatura declina da febre inicial, mas não fica dentro da normalidade. Após 1 a 2 dias de febre de baixa intensidade, a temperatura aumenta novamente.
    Há depressão mais pronunciada, letargia, relutância em mover-se, sensibilidade abdominal, membranas mucosas pálidas, anorexia.
    Ocorre tonsilite, faringite e linfadenopatia cervical. A recuparação é em 3 a 5 dias.
    Opacidade corneana devido ao edema de córnea imunimediado pode ocorrer durante a convalescença.



    Casos Graves : Pode ocorrer diátese hemorrágica (tendência para sangramento sem causa aparente)  com hemorragias petequiais e equimósicas. O tempo de sangramento estará prolongado e ocorrem anormalidades da coagulação típicas de CID (o sangue começa a coagular por todo o corpo).
    Sintomas neurológicos relacionados às lesões vasculares podem ocorrer, assim como distensão abdominal, devido à ascite (acumulação de fluidos na cavidade abdominal) sanguinolenta.
    Pode ocorrer tosse devido devido à bronquite/bronqueolite que ocasionalmente progride para pneumonia. Pode também ocorrer diarréia serosanguinolenta, com ou sem vômito.
    Ocorre hepatomegalia.

                                                      ( http://www.scielo.br/scielo.)
    Diagnóstico: Alterações hematológicas (exame de sangue)

    Tratamento: terapia sintomática (fluidos intravenosos, antibióticos,transfusão de sangue).



     Prevenção :A prevenção é feita através da vacinação, com esquema prescrito por Médico Veterinário. Pelo fato de a Hepatite Infecciosa Canina ser uma doença de fácil transmissão, é importante tomar alguns cuidados para preveni-la além da vacinação, como por exemplo, a desinfecção dos locais onde o animal habita fazendo uso de vapor quente, vassouras de fogo e desinfetantes a base de amônia e se desfazendo dos objetos do animal (camas, brinquedos, comedouros, bebedouros).



    (ourofino, raçasonlone, revistaonvet)

    Parvovirose

    A parvovirose, também conhecida pelo nome de Enterite Canina Parvoviral, é altamente contagiosa e pertence à família Parvoviridae. É considerada uma zoonose, pois ataca tanto o homem como o cão.

    Cães de qualquer idade podem ser infectados, mas a incidência da moléstia é mais alta em filhotes entre 6 e 20 semanas de idade. Os filhotes com menos de 6 semanas são geralmente protegidos por imunidade passiva materna, enquanto os mais adultos ou foram imunizados ou falham em apresentar sintomas clínicos quando infectados.




    Transmissão: eliminação fecal, e pela via oral de entrada.

    Fatores pré disponentes: idade, esforço, fatores genéticos, superpopulação ou falta de sanidade, infecções simultâneas, infecção bacteriana secundária.

    Sintomas clínicos:
    Anorexia, depressão, vômito (são notados em primeiro lugar); diarréria líquida intratável que pode ser profusa e hemorrágica, e desidratação rapidamente progressiva. Febre variável.


    A hipotermia, icterícia ou diátese hemorrárica (CID) podem ocorrer terminalmente em animais endotóxicos.
    A morte pode ocorrer em casos graves particularmente em filhotes muito jovens, e é geralmente atribuida à desidratação, desequilíbrio eletrolítico e ao choque endotóxico.



    Há casos brandos em que cães se recuperam em 1 a 2 dias sem tratamento.
    Casos mais graves perduram de 3 a 5 dias, e podem se recuperar com tratamento intenso.
    Se o proprietário demorar a levar o animal ao veterinário ou se os vômitos e diarreia são prolongados, a morte ocorre mesmo com tratamento intenso.



    Diagnóstico: detecção do antígeno viral nas fezes, sintomas clínicos.

    Tratamento: suspender alimentação oral, fluidoterapia, antibióticos, corticóides, antieméticos, transfusão (plasma ou soro)



    Prevenção

    Cães com parvovirose eliminam grande quantidade de vírus em suas fezes durante a doença e são altamente infecciosos para outros cães. Assim, eles devem ser mantidos isolados de outros cães até no mínimo uma semana após recuperação total.

    A eliminação do vírus em instalações infectadas é difícil, porque o vírus é extremamente resistente, podendo sobreviver no ambiente por meses ou anos. Contudo, sugere-se a desinfecção com cloro alvejante diluído (1:30)

    A vacinação é o único meio real e  efetivo de prevenção e controle. O vírus é onipresente e uma ve zque é tão estável fora do animal e facilmente transmitido, a prevenção da exposição é quase impossível. VACINE !




    Cinomose

    A Cinomose é uma doença viral grave e altamente contagiosa, que afeta cães de qualquer raça ou idade e outros canídeos silvestres (lobos, raposas, chacais, etc.), frequentemente os levando à morte. É considerada a maior ameaça à saúde dos cães depois da raiva e pode ser transmitida através de secreções nasais, saliva, fezes, e urina de animais infectados.



    É uma enfermidade complexa e muito difícil de ser curada, pois não existem medicamentos específicos para combater o vírus, havendo somente tratamento sintomático (para aliviar os sintomas) e de suporte.


     A transmissão ocorre, em geral, através do contato com secreções do nariz e boca do animal. Isso pode se dar através de um espiro do animal doente, espalhando a secreção ao redor e contaminando os cães que estejam por perto.

    É muito importante que se diga que o vírus da Cinomose tem pouca resistência ambiental, ou seja, fora do organismo do seu hospedeiro Isso facilita o controle ambiental da disseminação da doença, diferentemente do que ocorre com a parvovirose, por exemplo.

    As características climáticas do inverno favorecem a presença deste vírus no ambiente,por isso nosso cuidado deve ser redobrado nesta época. Apesar da sensibilidade do vírus no ambiente, há muitos relatos de casos de criadores que perderam animais vitimados pela Cinomose, após serem introduzidos em ambientes onde outros cães haviam morrido anteriormente, no período de até seis meses atrás. Por esse motivo é aconselhável concluir todo o esquema de vacinação, de pelo menos três doses,antes de introduzi-los nesse ambiente contaminado.

    Algumas cepas são:

    * levemente virulentas (causa infecção inaparente)

    * virulentas - causa moléstia aguda, com elevada frequencia de encefalite e altos índices de mortalidade

    * viscerotrópicas - moléstia debilitante, com elevada mortalidade, mas com baixa frequencia de encefalite



    Importante:  todas as cepas virulentas causam imunossupressão ( com isso, o animal fica mais susceptível a doenças como: toxoplasmose, coccidiose, enterite viral, infecções micoplásmicas e infecções bacterianas sistêmicas)

    As características climáticas do inverno favorecem a presença deste vírus no ambiente,por isso nosso cuidado deve ser redobrado nesta época. Apesar da sensibilidade do vírus no ambiente, há muitos relatos de casos de criadores que perderam animais vitimados pela Cinomose, após serem introduzidos em ambientes onde outros cães haviam morrido anteriormente, no período de até seis meses atrás. Por esse motivo é aconselhável concluir todo o esquema de vacinação, de pelo menos três doses,antes de introduzi-los nesse ambiente contaminado.

    Sintomas: O período de incubação é de 14 a 18 dias.


    Doença Aguda: Os sintomas são tosse, diarréia, vômitos, anorexia, desidratação, perda de sangue com debilitação.
    Há presença de corrimento oculonasais, mucupurulentos e pneumonias frequentes que resultam em infecções bacterianas secundárias. Pode ocorrer erupção cutânea, progredindo para pústulas no abdome. Podem surgir sintomas de encefalite aguda, mioclonias ou tremor involuntário dos musculos, ataques de "mascar", ataxia, incoordenação, locomoção em círculos, hiperestesiam rigidez muscular, vocalização semlhante à dor e cegueira.


    Atrofia dos membros anteriores e queda dos quartos posteriores devido à cinomose
    http://www.policlinicaveterinaria.com.br/artigos.asp?xcod=23

    Doença Sub Aguda: Sintomas neurológicos, com surgimento retardado, que podem durar semanas ou meses apos a recuperação de infecções inaparentes ou depois da recuperação de uma cinomose aguda.
    Geralmente apresentam imunidade.
    Os sintomas clínicos são semelhantes à Doença Aguda, sendo que o principal é o mioclonismo espasmo flexor.
    Cães que sobrevivem podem apresentar deficiências neurológicas permanentes (espasmos flexores, disfunções visuais e olfatórias)

    Vídeo de animais com Mioclonias/espasmos e secreção nasal



    Vídeo de animal que se recuperou, porém apresenta espasmos flexores do membro posterior ("tiques")



    Encefalite Multifocal: Moléstia lenta progressiva, geralmente em cães com 4 a 8 anos. Ocor incoordenação, fraqueza dos membros pélvicos ("queda dos quartos"), inclinação da cabeça, mistagmo, paralisia facial e tremores da cabeça sem mioclonismo.
    Ocasionalmente podem cair e haver períodos intermitentes de níveis clínicos e patológicos, seguido pelo avanço da moléstia. Esses animais são mentalmente alertas e não apresentam convulsões ou alteração da personalidade.


    Encefalite do Cão Idoso: É raro, ocorrendo em animaos com mas de 6 anos. Há deficiência visual e deficiência de ameaça bilateral. Com a progressão da doença, há depressão, movimentação compulsiva em círculos ou para a compressão da cabeça e manifestam alterações de personalidade.
    Há um estado de estupor ou mudez e não mais reconhecem o dono, nem respondem aos estímulos normais em seu ambiente.
    O curso clínico pode ser sub agudo em termos de progressão - a Encefalite Esclerosante Difusa Sub Aguda.


    Diagnóstico: histórico e sintomas clínicos.


    Tratamento:
    Diagnosticada a doença, o cão deverá ser isolado para início imediato do tratamento, pois, quanto mais cedo se inicia o tratamento, maiores as chances de sucesso. Este tratamento de suporte começa com a prescrição de antibióticos que auxiliam no combate a infecções secundárias.


    O veterinário deve indicar ainda um tratamento de apoio para reduzir o sofrimento decorrente dos sintomas da Cinomose, como o uso de medicamentos anticonvulsivos e sedativos para o controle de ataques, remédios para diarréia e vômito, vitaminas e reposição de líquidos perdidos durante a doença e uma dieta leve, além da recomendação de um ambiente limpo e temperatura agradável. Isso tudo deve vir acompanhado do seu carinho e companheirismo, o que é fundamental para que o seu animal tenha forças para se recuperar



    Prevenção:

     Vacine seu cão quando filhote com o esqueme que seu veterinário indicar, e depois todos os anos. Embora nenhuma vacina seja 100% eficaz, é a única maneira de proteger ser animal desta e de outras doenças que veremos a seguir.




    Extra:  * Cinomose, aqui, não! (mais informações sobre a doença)

    http://www.cinomose.com.br/cinomose_aquinao/index.asp

                 * Superação animal:

    http://www.viralataviravida.org.br/uploads/image/artigos/vitoria_artigos.jpg

    (wspaswork, eescola, wiki)

    Principais Zoonoses - Larva Migrans Visceral

    A larva migrans visceral é doença causada por helmintos, Toxocara canis, Toxocara leonina e Toxocara cati, cujos vermes adultos vivem nos tratos intestinais de seus hospedeiros, cães e gatos, que liberam grande número de ovos nas fezes.




    A infecção em humanos geralmente é causada pela T. canis e ocorre através da ingestão de alimentos contaminados com ovos viáveis. No intestino delgado, há a liberação da larva que atravessa a mucosa intestinal , chega ao fígado e pulmões. No pulmão, atinge as capilares pulmonares, alcançando a artéria pulmonar, câmaras cardíacas esquerdas e disseminando-se para todo o organismo.

    Áreas urbanas com maior concentração de cães e gatos possuem maior contaminação do solo de praças e parques públicos, representando importantes fontes de in­fecção.
    Grupo de maior risco de exposição são crianças e pessoas com cães e gatos em casa. As crianças apresentam maior risco de contágio devido ao hábito de colocar as mãos na boca sem higiene adequada.

    Clínica em humanos

    A intensidade da manifestação clínica varia de acordo com o grau de parasitismo, da intensidade de resposta inflamatória e dos órgãos acometidos.
    • Formas leves: assintomática.
    • Formas clássicas: febre, astenia, irritabilidade, anorexia e perda de peso, tosse com sibilos, sudorese e rash cutâneo ou lesões urticariformes. Hepatoesplenomegalia ao exame físico. Comprometimento do SNC tem sido descrito, caracterizado por crises convulsivas e distúrbios de comportamento. Outras manifestações possíveis são miocardite e nefrites.
    • Forma ocular: decorre da formação da massa granulomatosa eosinofílica ao redor do parasita, geralmente no pólo posterior. A lesão pode mimetizar retinoblastoma. A apresentação clínica inclui endoftalmite, uveíte e corioretinite. Os sintomas mais comuns são alteração da acuidade visual unilateral, estrabismo e dor ocular.



    A infecção em cães é mais comumente observada em cadelas prenhes e lactantes, bem como nos seus filhotes, pois ocorre a contaminação destes por via transplacentária e transmamária. Após o nascimento, o parasita completa o ciclo nesses filhotes dentro de três a quatro semanas de vida eliminando os ovos deste parasita junto com as fezes. Além deste tipo de infecção os cães podem infectar-se através da ingestão de ovos infectantes, de larvas em tecidos de hospedeiros paratênicos, ou ainda, ingestão pela cadela de larvas do T. canis presente nas fezes ou vômitos dos seus filhotes, quando esta fizer a higienização dos mesmos.


    O ciclo de vida deste verme se fecha de várias formas. Em princípio o ciclo se dá de forma direta, isto é, os vermes adultos localizados no intestino eliminam ovos que contaminam o solo. Animais tanto adulto como filhotes se infestam ao farejar e lamber o solo contaminado. Crianças também podem se
    contaminar ao brincar no chão. O verme pode ainda ser transmitido aos filhotes pela sua mãe, tanto pela placenta como pelo leite.





    Nos cães, os sinais clínicos mais comuns são:
    diarréia, flatulência, distensão abdominal, desidratação e atraso no desenvolvimento.
    Quando as larvas passam pelos pulmões, pode haver tosse e quadro de pneumonia. A migração larval pode resultar em alterações como celulite orbital, e em infecções muito grandes, pode levar o animal à morte.


    Diagnóstico
    Pelo exame de fezes, sendo de fácil visualização

    Tratamento
    Cãezinhos com 2 semanas, fornecer uma dose com repetição após 2 semanas para eliminar a infecção do período pré natal e tratar tambem a cadela. Nova vermifugação aos 2 meses de idade para eliminar a contaminação pelo leite. Filhotes recentemente adquiridos devem ser tratados duas vezes com intervalo de 14 dias. Os adultos tratados a cada 6 meses.

    O ideal é fazer um esquema de tratamento anti-helmíntico dos filhotes, para evitar que as larvas do T. canis cheguem à forma adulta e liberem ovos. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda realizar o tratamento na segunda, quarta, sexta e oitava semanas de vida dos cães. O medicamento mais utilizado no tratamento de animais com infecção instalada é o febendazole, na dose de 20 mg/kg. Nos cães adultos, é muito raro a toxocaríase, mas quando ocorre a dose recomendada é a de 50 mg/ kg.


    Prevenção:
    • Lavar as mãos antes das refeições e ao manipular os alimentos;
    • Lavar bem os alimentos que serão consumidos crus;
    • Levar sempre seu animal ao médico veterinário e vermifugá-lo periodicamente;
    • Não levar animais à praia para evitar fezes na areia;
    • Evitar o contato direto das crianças com areia contaminadas por fezes de animais;
    • Recolher sempre as fezes do seu animal quando ele defecar em locais públicos, dando a elas o destino sanitário adequado.


    (consultormedico,rj.gov.br,infoescola, saúdeanimal)

    Principais Zoonoses - Larva Migrans Cutânea

    A larva migrans cutânea (também chamada de "bicho geográfico") ocorre em seguida à penetração das larvas infectantes de Ancylostoma caninum (cães) e Ancylostoma braziliense (cães, gatos e outros carnívoros) através da pele intacta dos seres humanos, mas causa intenso prurido à medida que migra através do tecido dérmico, antes de ser destruído pelo sistema imunológico.

                                                       foto  shihtzusocialparque.

    Mutos filhotes caninos são infectados pelos ancilostomídeos na fase neonatal, atraves da ingestão de larvas infectantes existentes no leite da cadela, e, menos comumente, pela transmissão transplacentária in utero. Os cãezinhos podem dar início à expulsão dos ovos em suas fezes em apenas 21 dias.



    O diagnóstico da doença no ser humano é fácil, devido ao aspecto dermatológico que a lesão causa. Os túneis causados pelas larvas são visíveis e esses "rastros" dão à pele a aparência do traçado de um "mapa", daí o nome "bicho geográfico".



    Prevenção: * Tratar precocemente os filhotes caninos
                       * Avaliação fecal anual
                       * Pronta eliminação das fezes (recolhimento imediato)
                       * Evitar que cães evacuem em parques públicos e áreas de recreação infantil diminuirão a contaminação do solo e ajudarão a reduzir a exposição humana às larvas infectantes.






    Principais Zoonoses - Raiva

    Moléstia neurológica induzida por vírus do gênero  Lyssavirus  que tem forma de bastão.



     É um vírus lábil, não persiste no meio: é inativado pelo éter e pela fervura.  O vírus é rapidamente inativado pela radiação ultravioleta, também é destruído pela pasteurização, e na saliva ressecada o vírus perde sua virulência em poucas horas, à temperatura ambiente.

    Os ácidos, álcalis, formol, cloretos (cloreto de mercúrio) e vários outros desinfetantes são bastante eficazes; os compostos fenólicos e a amônia quaternária são menos eficazes. Nos primeiros socorros de casos de mordeduras, podemos utilizar uma solução com 20% de detergente e 70% de álcool ou iodo.




    Os animais sivestres são os reservatórios primários para a raiva, mas os domésticos são a principal fonte de transmisão aos seres humanos.
    O vírus precisa entrar em contato com as terminações nevosas, penetrando nas fibras nervosas atnes que ocorra a infecção que condiz ao desenvolvimento da raiva.





    A transmissão se faz através de: * saliva infectada
                                                         * fibras nervosas lesionadas devido à mordida
                                                         * contaminação de ferida recente com saliva
                                                         * mucosa conjuntiva/olfatória





    O período de incubação é de 3 a 8 semanas e depende da localização da mordida e da quantidade de vírus presente na exposição.
    O vírus migra centriptamente nas fibras nervosas, levando a um comportamento anormal e à paralisia.
    Depois migra centrifugamento até as glândulas salivares.


    Sintomas clínicos:

    A) Pró Drômico: há mudança de comportamento. Em animais de estimação observamos apreensão, pouco alerta às alterações ambientais, escondem-se por medo. Dilatação das pupilas, salivação, o animal "morde o ar" , e late com sangue agudo. Modificação da andadura (rígida) e contração
    Dura de 1 a 3 dias.



    B) Excitação: proeminente hiperatividade aos estímulos externos. Alguns podem não apresentar esta fase.

    Dificuldade de deglutição, sialorréia (baba).
    Síndrome de ataque: agressão violenta, boca espumando. Dura de 1 a 4 dias e há progressão para um quadro convulsivo terminal ou paralisia se o animal viver por um período mais prolongado)



                                                       (imagem cachorrosblog)


    C) Paralítico:

    Se a fase excitativa não é observada, ou é muito curta, então a denominamos como Raiva Silenciosa ou Paralítica.
    O animal não se encontra irritadiço, raramente morde. Há paralisia ascendente dos membros. Somente 25% dos casos de Raiva em felinos correspondem a este tipo, comparado aos 75% de casos observados em cães. 
    Esta fase dura de 1 a 2 dias


    D) Morte: ocorre 2 a 7 dias após o início dos sintomas.

    A sobrevivência ou recuperação da raiva foi documentada em cães e gatos, bem como em casos raros de pacientes humanos. Em cães há implicações quanto à possível exposição ao vírus da raiva de cães/gatos que parecem ter se recuperado de moléstias de neurônios motores inferiores, que se assemelham a uma porirradiculoneurite.


    Diagnóstico: a raiva deve ser uma suspeita com base nos sintomas clínicos
    (post mortem: Anticorpos fluorescentes [cérebro] )

    Procedimento completo no caso de suspeita:
    1. Isolar o animal suspeito.
    2. Se alguma pessoa foi mordida ou tiver contato estreito com o animal suspeito, deverá lavar imediatamente o ferimento com água e sabão, e procurar auxilio médico.
    3. Consultar o veterinário do Centro de Zoonoses. Amostras de tecidos (de preferência da cabeça toda, ou a região do hipocampo cerebral e cerebelo), removidos do animal morto, deverão ser enviadas para laboratórios governamentais de diagnóstico.
    4. O veterinário, recebendo o laudo do diagnóstico, deverá notificar as autoridades sanitárias locais. Deverá também comunicar ao proprietário do animal, e deverá colocar os animais expostos ou suspeitos em quarentena.



    Tratamento: não é recomendado aos animais devido ao risco de exposição humana. É preciso observar o cão/gato por alguns dias e se ele apresentar os sintomas, o caso é de isolamento completo e eutanásia. Se o animal fugiu, todos os procedimentos médico-hospitalares devem ser tomados.

    Prevenção:
    A profilaxia é vacinar os animais de estimação a partir de 3 meses de idade e depois anualmente; capturar cães de rua; controlar os transmissores (morcegos), evitando, porém, contato direto com o mesmo.



    Caso seja detectada a presença de morcegos em alguma região deve-se procurar iluminar áreas externas nas residências, colocar telas nos vãos, janelas e buracos e fechar ou vedar porões, pisos falsos e cômodos pouco utilizados que permitam o alojamento de colônias. Fique atento aos locais mais freqüentes onde os morcegos se alojam: Sótãos, forros, porões, pisos falsos, garagens, vãos de dilatação de prédios, casas de maquinas (elevadores), caixas de persianas, estábulos, copas das árvores, troncos ocos de árvores, cavernas e edifícios abandonados.
    Quando se deparar com um desses animais, procure não provocá-lo, nem tente capturá-lo. Afaste as pessoas e animais do ambiente onde o morcego se instalou e isole o local, se possível. Evite sempre o contato direto com qualquer tipo de morcego vivo ou morto. Caso tenha problemas procure o Centro de Zoonoses de sua cidade ou uma orientação Médico Veterinário. (saudeanimal)

    Extras:

    Casos importantes sobre a RAIVA no Brasil

    Cura de paciente pela peimeira vez no Brasil : http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL986719-5603,00.html

    Campo Grande registra caso de raiva canina depois de 23 anos  http://bocadopovonews.com.br/site/canal/destaques/16388.html